sábado, 12 de março de 2011

Solidão


Madonna, Edvard Munch





Por dentro de mim escorrem
Indizíveis emoções, esparsas, confusas
Um inquietamento, uma angústia,
Uma vontade de fazer as coisas certas,
De ser quem eu queria ser e sou.


Por dentro de mim escorrem vontades e caprichos,
Sonhos e objetivos
Amores, cores, dores
E pensamentos vãos

Por dentro de mim escorrem
As eternas dúvidas, perguntas
Sem respostas, dispostas a
Me lanhar por fora, por cima e sempre

Por dentro de mim escorrem
Inquietações latentes,
Perfumes, sabores, pinturas, saberes
Dizeres inaudíveis, imcompreensíveis, mas
Sãos.

Por dentro de mim escondidas estão,
Imóveis ficarão, permanecerão;
Por dentro de mim, imperceptível
Austera, interna, externa, eterna
Solidão

terça-feira, 1 de março de 2011

Recomeçar




Cada lágrima traz em si
A dor de uma tentativa
Uma fuga, uma expectativa
Um ínfimo ar de esperança

Cada trago amargo
de desencontro e desencanto
deixa pesares por todos os cantos
É choro aprisionado de uma criança

Cada esforço em permanecer
É a certeza de um amor
que cambaleia ao vento
que luta com a dor, com a limitação
com o áspero espinho do sentimento

Cada reescrita do seu nome
em minhas veias
reitera a presença do afeto
que colore meus dias, ilumina minhas noites
e põe leveza em meu ar.

Cada vez que me perco em teus olhos
Tenho certeza,
Quando o amor impera
Sempre vale a pena
Recomeçar