terça-feira, 5 de abril de 2011

Saudade






Uma lágrima pinga no escuro
E acende as luzes todas, essa lágrima
Que se chora e não se sabe o motivo.

Uma  lágrima pinga na amplidão da noite
E povoa todas as lembranças, e destila
Uma saudade, uma angústia, uma vontade
De não sei o que, e não sei onde e dói

Uma saudade, saudade do que foi,
do que era, do que poderia ter sido...
não precisa explicar, nem tem como,
nem se sabe como é. Só se sente.

E dói. E essa dor é nevoa espessa
Pesada sobre os meus ombros,
Sobre minha alma e meus sonhos
Bruma indefinida do tempo, cinzento.

Asa cortada de passarinho menino
Que acabou de sair do ninho,
Pouso perfeito em dias bolorentos,
Pena que flutua ao sabor do vento


Lamento.