
Queria trazer-te um poema,
um poema pequeno,
que te contasse em silêncio
o tamanho da minha saudade
Mas neste oco de mim, nada cabe.
As palavras não ficam e escorregam
por entre as lágrimas,
por entre os sonhos,
por entre as pernas
e caem no chão.
Neste oco de mim
só cabe
a cor esmaecida
de uma tentativa.
Neste oco de mim só
cabe o gosto amargo,
o nó na garganta
de um castelo de areia, lindo,
que as ondas levaram
e não trazem mais.
Neste oco de mim só
há espaço para a dor
que é amplidão
Não há cortinas de fumaça, máscaras,
falsas palavras...
Apenas eu, treva
silêncio e solidão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário