domingo, 12 de novembro de 2017
Retorcido
Tudo se esgota,
Dilacera, desintegra
Vira ida sem volta,
Inverno em plena primavera.
Tudo se retorce
Leve gosto de acre
Na vida, na alma, na boca
E uma saudade louca
Que insiste em não ir embora.
Tudo se fragmenta, pulveriza
enfraquece
Vai esmaecendo nos dias
Nas longas noites mal-dormidas
onde a espera é uma prece
Tudo se deteriora, apodrece.
Laços frouxos que se perdem
se desatam, se separam
caem no chão imóveis
lágrimas que a face envelhecem.
Tudo é galho retorcido,
espinho afiado, sentimento perdido
Tudo é luto e luta
silêncio contido
e respiração profunda.
Para continuar sobrevivendo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário