domingo, 28 de dezembro de 2008

Sozinha

Marc Chagall, Bride with Fan, 1911


Hoje não tem lua no céu,
Nem brisa suave,
Grilos no telhado
E almoço na varanda.


Hoje não tem olhos brilhantes,
Sorriso nos lábios,
Coração pulsante
E mãos entrelaçadas.


Hoje é absurdo.
Longa ponte entre o tudo e o nada.
Hoje é sentimento,
Tristeza e solidão.



Hoje é amargura,
Angústia, piedade,
Hoje é a saudade
Amiga, desde então.


Hoje apenas vive
Sombras e penumbra.
Só, sem ninguém que escute,
Discuta, veja ou descubra.

Que estou tão...
Inexoravelmente
Sozinha.

Nenhum comentário: