quarta-feira, 7 de julho de 2010

Saudades de mim

Klimt, árvore da vida, 1905









Hoje acordei com uma inexplicável
saudade de mim.

Do que sentia, do que vivia, do que pensava

Dos desamores, das inocências, daquela infância roubada...


Acordei com um medo súbito
de me perder de quem sou, de ver que aquela força
é cisco no chão, pétala de ave que
o vento carregou.


Acordei com os pés juntinhos e as mãos
encolhidas,
Num sono interminável, sem vontade de acordar

Acordei procurando o encanto da vida,
resgate ou saída
para esta mesma vida levar.

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