sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Palavra

Palavra abrupta,
Expulsa a ferro da goela
Palavra imunda,
Nascida de uma fecunda espera

Palavra
Sentida
E ressentida
Diluída, dissolvida
Na mágoa do acontecimento.

Palavra não-dita
Falada, escrita,
Imaginada, rascunhada
E pintada
De uma única cor.

Palavra amarela, azul e lilás
Pueril amparo,
Calma voraz...
Que não volta.

Gosto amargo de despedida e dor

Bendita e maldita palavra
Invisíveis grades, prisão de alma
Gosto suave
De angustia e acalma...

Ria
chamá-la, fitá-la, nomeá-la, saboreá-la
evita-la e contempla-la


Chama

ria de AMOR






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