quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Essa mulher



Uma mulher em estado puro de sensibilidade. Uma mãe. Uma cantora. Uma intérprete. Uma emoção pulsante. Uma pergunta sem resposta. Seriam necessárias palavras, metáforas e infindas construções para de longe conseguir chegar perto de uma definição para Elis. Ela morreu quando eu ainda era pequena, não tive a oportunidade de acompanhar a sua carreira, de vê-la cantar na TV, de comprar seus discos ou de ir a um show. Ainda assim, quando a ouço sinto uma proximidade inexplicável, pois a sua música me toca profundamente, me identifico com aquela mulher que sentia tudo intensamente e que exalava pela voz e pelos poros os seus sentires, sua liberdade, sua maneira única de ver as coisas. Elis era uma pessoa especial, grande demais para caber no espaço físico de um mundo limitante e avesso a sentires como o nosso. E que grande mulher era! E que grande esforço fazia! E como doía viver! Um dia não coube mais, não quis mais doer. E assim como tantas outras estrelas que caem sobre nós, Elis deixou o rastro de sua luminosidade e de sua música. E continua brilhando até hoje. No mundo, na música. Continua brilhando para sempre em meu coração.

Um comentário:

Rafael Fontana disse...

É, Elis foi uma coisa muito boa q aconteceu e eu não vi. Perdi.